Fertilização
TÉCNICAS PARA UTILIZAÇÃO DE FERTILIZANTES LÍQUIDOS
Existe na literatura mundial, dezenas de publicações que abordam o tema “FERTILIZAÇÃO LÍQUIDA” em aquários plantados, redigimos este artigo baseado em nossa experiência ao longo dos anos tendo como ponto de partida os métodos internacionalmente reconhecidos como eficazes, e com a finalidade de ajudar aos aquaristas que querem fertilizar seus aquários e encontram dificuldades, principalmente no que diz respeito ao aparecimento de algas.
OBS: As dosagens apresentadas são seguras e não oferecem risco de surto de algas, exclusivamente, se usados fertilizantes cujos nutrientes se apresentem na forma de gluconatos, e pode diferir no todo ou em parte às dosagens dos métodos originais.
A tabela abaixo poderá ajuda-lo a encontrar qual foto-período de adapta melhor as condições de seu aquário, de acordo com as espécies de plantas que você possui:
- Luz baixa: < 0,5 watts/litro 10 a 12 horas de luz por dia;
- Luz média: de 0,5 a 0,75 w/l 8 a 10 horas de luz por dia;
- Luz alta: de 0,75 a 1,0 w/l 7 a 8 horas de luz por dia;
- Luz Muito Alta > 1w/l 6 a 8 horas por dia (Nível Expert)
1) Método do Índice Estimativo (Estimative Index) – Criador Tom Barr
Vantagens:
- Método simples;
- Sem necessidade de monitoramento do nível de nutrientes com kits de teste;
Conceito básico:
Oferecemos um valor aproximado ou "Índice Estimativo" dos níveis de nutrientes durante a semana, pois o que está sendo adicionado e também o que é removido na TPA. Melhores resultados são obtidos com sistemas de luz forte (maior intensidade e foto período) em tanques bem plantados. Reduzindo-se a dose este sistema pode ser adaptado à aquários de baixa luminosidade e baixa quantidade de plantas.
Metodologia:
- Dosar o tanque com ligeiro excesso de nutrientes durante a semana desta forma evita-se que qualquer nutriente se esgote;
- No final da semana faça uma grande TPA para evitar qualquer acumulação;
- macro nutrientes - nitrogênio (N), Fósforo (P), potássio (K) e os micronutrientes ou oligoelementos que é uma mistura de elementos traço quelados (existem várias marcas no mercado dê preferencia aos que são vendidos na forma de gluconatos).
Diariamente (exceto para os sistemas de baixa luminosidade) dose os fertilizantes de acordo com as orientações abaixo com base no tamanho do tanque. No final da semana uma TPA de 50% é realizada. Em seguida, o processo é reiniciado. A mudança de 50% de água é apenas uma orientação e não têm de ser seguida, aquaristas mais experientes encontrarão a melhor percentagem de TPA, contudo fazendo-se uma TPA maior, teremos uma maior precisão dos níveis de nutrientes.
Dosagem:
Usando a programação diária abaixo adote o esquema abaixo no caso de aquários densamente plantados. Para aquários com menos plantas, ou com luz baixa, 1/3 da dose.
OBS: Macronutrientes e os micronutrientes devem ser dosados em dias separados!
- 2 ml de solução Macro para cada 50 litros de água 3 vezes por semana;
- 2 ml de solução de Traços por 50 litros de água 3 vezes por semana;
Se e somente se, você tem iluminação muito alta, ou muitas plantas de crescimento muito rápido, poderá dosar 4 ml para cada 50l.
Programação diária:
Domingo mudança de água de 50%. Adicionar Macros (N, P e K)
Segunda-feira Adicionar Traços
Terça-feira Adicionar macros (N, P e K)
Quarta-feira Adicionar Traços
Quinta-feira Adicionar macros (N, P e K)
Sexta-feira Adicionar Traços
Sábado Descanso (sem dosar nada, nem TPA)
O Método de Índice estimativo não segue cegamente parâmetros, mas fornece tudo com um ligeiro excesso de acordo com as exigências nutricional das plantas, baseado em parâmetros genéricos. Exceções podem ser feitas para plantas com necessidades específicas.
Níveis de nutrientes esperados com esta
*Metodologia:
nitrato 20-30 ppm
Fosfato de 1-3 ppm
Potássio 20-30 ppm
CO2 30ppm (cilindro de co2)
IMPORTANTE: O método do Índice estimativo é altamente dependente de um bom nível de CO2, que deve ser mantida em 30ppm estável (cilindro de co2) durante a totalidade do foto-período. Mais de 90% de todos os problemas de algas em aquário plantado são por causa dos níveis pobres ou flutuantes de CO2.
IMPORTANTE: boa circulação de água em torno do tanque todo é fundamental para obtenção do CO2 e nutrientes para as plantas – evitar fluxo de água direcionado.
2) Sistema PMDD - Poor Man's Dosing Drops - criado por Paul Sears e Kevin Colin – 1996
Vantagens:
- Originalmente não foi criado como um método para suprir necessidades das plantas no aquário, mas para restringir fosfato como um meio para controlar as algas.
OBS: fosfatos devem ser restringidos, mas não eliminados, caso contrário, as plantas começam a morrer. Originalmente, a fórmula PMDD não tinha fosfatos presumia-se que a quantidade disponível no tanque era suprida através dos dejetos dos peixes. Atualmente, acredita-se que o fosfato também é necessário na fórmula.
Precursor de métodos como: EI (índice Estimativo) e PPS-Pro (Sistema de Preservação Perpétuo)
Metodologia:
- Adicionar diariamente a solução PMDD, mantendo-se estáveis tanto quanto possível ajudando a prevenir depleção de qualquer nutriente.
Níveis dos seguintes parâmetros: N / K / P / Fe, devem ser dosados por meio de testes por algumas semanas. Este é o maior dificultador do PMDD, pois é difícil a obtenção de resultados precisos.
Dosagem
O nível de dosagem é dependente de sua densidade de plantas. As quantidades a seguir são projetadas para um tanque totalmente e densamente plantado, caso seu aquário esteja em início de montagem e não possua ainda toda a população de plantas você poderá dosar ½, 1/3, ou ¼ da dose dependendo da quantidade de plantas.
1 ml de solução de Macronutrientes para cada 60 litros
0,5 ml da solução de Micronutrientes para cada 60 litros
Níveis esperados:
NO3 1,5 ppm
PO4 0,4 ppm
K 1,6 ppm
Mg 0,2 ppm
O melhor é dosar no mesmo horário diariamente, de preferência imediatamente antes de acender as luzes. Não há diretrizes estabelecidas para fazer mudanças de água, pois os níveis de dosagem são muito pequenos, mas pode ser interessante TPA's semanais.
Devido a uma coluna de água com poucos nutrientes, e níveis mais lento de crescimento das plantas, o CO2 não precisa ser mantido tão alto quanto 30 ppm, pose-se reduzir o nível para 15 ppm, mas é imprescindível o aporte estável e constante diariamente durante todo o foto-período.
Se a água que você utiliza na reposição contém altos níveis de nitrato e fosfato você pode reduzir a dose da solução de macronutrientes. Este processo exigirá testes e tentativa e erro para obter os níveis corretos.
IMPORTANTE: O PMDD foi criado na época em que os níveis de iluminação não eram tão altos como agora, então, se você utilizar uma luz forte T5, HQI, LED você poderá ter problemas com crescimento pobre e raquitismo nas plantas. Você poderá aumentar a dosagem, ou diminuir o foto-período. Se isso não resolver o problema ou você não quiser baixar a sua iluminação, pode ser aconselhável mudar para um sistema de dosagem mais rica, tal como o EI (Índice Estimativo).
3) Método Flora:
Este método segue um regime de nutrientes separados, e sem excessos, podendo ou não utilizar CO2 (com a utilização de fontes de carbono líquido). Neste método são dosados nutrientes em quantidades adequadas, sem excessos, evitando frequentes TPAs, e evitando a acumulação de sais que as plantas não utilizam, ou utilizam em quantidade muito baixa.
Devido à utilização de nutrientes separados, facilmente o aquarista mias experiente poderá ajustar a dosagem de um ou outro nutriente, em excesso, ou em falta.
Este método exige maior conhecimento da fisiologia das plantas, suas exigências nutricionais e também conhecimentos dos sintomas característicos da falta ou excesso de cada nutriente.
Dosagem:
Carbono líquido: Dose inicial: 6,6 ml para cada 50l. Manutenção: 1,3 ml para cada 50l por dia
N: 0,8 ml cada 50l, 1 vez por semana;
P: 0,8 ml cada 50l, 1 vez por semana;
K: 2,2 ml cada 50l, 1 vez por semana;
Micronutrientes: 3,0 ml cada 50l, 1 vez por semana;
Fe: 1,3 ml a cada 50l, a cada 4 dias;
A dosagem pode ser aumentada ou diminuída de acordo com a quantidade plantas no aquário, pela quantidade de luz do aquário, ou conforme observações práticas, como sintomas de excesso ou deficiência.
4) Método PPS PRO
PPS-Pro é a atualização do Sistema de Preservação Perpétuo desenvolvido
PPS-Pro tem como objetivo o crescimento de plantas saudáveis com o mínimo esforço, apenas com dosagem de quantidades necessárias para o crescimento das plantas, sem excessos e de maneira controlada, com apenas duas soluções(macro e micro).Neste aspecto este método é semelhante ao método EI diferindo apenas na dosagem.
Método EI: tenta manter todos os parâmetros necessários ao crescimento e metabolismo das plantas no máximo (e com leve excesso para garantir).
Método PPS-Pro: dosagem mais cautelosa, fornecendo o suficiente de nutrientes para um crescimento mais lento e controlado, aliado a uma taxa de CO2 menor e foto-período proporcional a quantidade de luz, como segue:
Com esses níveis de luz, aliado a um foto-perídodo limitado a relação de watts por litro, e uma concentração um pouco menor de CO2, as plantas não estarão crescendo como mato, e sim de um modo mais controlado (elas vão acabar ficando como mato, só vão demorar mais para ficar), onde se pode esquecer de podar uma vez ou outra, sem correr o risco do aquário virar uma floresta cerrada em uma semana.
Dosagem:
1 ml para cada 40l.
Quanto as TPA’s vocêdeverá decidir a freqüência, pois não serão dosados muitos nutrientes, nem excessos, basei-se no tipo de peixes que você tem e decida o regime de TPAs.
Por exemplo:, Discos necessitam de uma água de uma melhor qualidade, além deles mesmo contribuírem com uma grande carga orgânica.
5) Método - All In One Solution
Similar ao Tropica Plant Nutrition, baseia-se na utilização de produtos que comtém todos os elementos macro e micro, em uma única embalagem cuidadosamente preservados para evitar que ocorra a precipitação do fosfato com o ferro, entre outros.
Existem no mercado inúmeras marcas que produzem fertilizante líquidos com estas características, tais como Seachem, Tetra, JBL, e a nacional MBreda.
Dosagem:
Cada fabricante especifica em sua embalagem a dosagem necessária a ser utilizada de acordo com a litragem do aquário, é importante iniciar sempre com doses menores e ir “ajustando” de acordo com nossa sensibilidade, e observação em relação ao crescimento das plantas.
PLANTAS AQUÁTICAS – PRINCIPAIS NUTRIENTES E SUAS FUNÇÕES
De nada adianta um plantado bem iluminado, com bom nível de CO2, se não tivermos uma boa fertilização - seja líquida ou mesmo no substrato - para que nossas plantas cresçam bem. Para tanto é preciso sabermos mais sobre os principais nutrientes, bem como suas funções e principais sintomas de deficiência dos mesmos:
Nitrogênio (N)
É o nutriente mais exigido em termos de quantidade pela maioria das plantas. Atua em todas as fases, crescimento, floração, repridução. As plantas absorvem o N em suas formas iônicas, NO3- e NH4+
Carência de Nitrogênio - aumento do sistema radicular, palidez da planta, amarelecimento e queda das folhas.
Fósforo (P)
O fósforo age na produção de energia, na respiração, divisão celular e em diversos outros processos metabólicos. As formas iônicas absorvida pelas plantas são o H2PO4- e HPO4
Carência de Fósforo - as folhas escurecem, as plantas podem ficar 'achatadas'.
Potássio (K)
É um dos macronutrientes mais consumidos pela planta, juntamente com o nitrogênio. Favorece a formação de raízes. Seu papel principal é o de ativador de funções enzimáticas e de manutenção da turgidez celular. A forma iônica absorvida pelas plantas é o K+
Carência de Potássio - as folhas mais velhas apresentam extremidades com manchas cloróticas, degenerando-se e tornando-se necróticas.
Cálcio (Ca)
Contribui para o fortalecimento de todos os órgãos das plantas, principalmente raízes e folhas. Também é importantíssimo na manutenção do equilíbrio entre alcalinidade e acidez do meio e da seiva das plantas. A forma iônica absorvida pelas plantas é o Ca2+.
Carência de Cálcio - lesões nas margens das folhas mais novas. Essas lesões levam a folha a morrer da extremidade para o centro.
Magnésio (Mg)
É parte integrante da molécula da clorofila, e por isso está diretamente ligado ao metabolismo energético das plantas. A forma iônica absorvida pelas plantas é o Mg2+.
Carência de Magnésio - o sintoma aparece entre as nervuras, espalhando-se das margens para o centro das folhas.
Enxofre (S)
O enxofre encontra-se em sua maior parte na composição das proteínas, associadas ao nitrogênio. Participa na formação de alguns aminoácidos essenciais ao metabolismo energético. A forma iônica absorvida pelas plantas é o SO42-.
Carência de Enxofre - as folhas permanecem mais escuras e opacas, com tonalidade amarelo-esverdeada.
Manganês (Mn)
É importante para a formação da clorofila e participa do metabolismo energético respiratório. A forma iônica absorvida pelas plantas é Mn2+.
Carência de Manganês - o sintoma da deficiência de ferro se generaliza, causando nas folhas uma coloração verde-pálida.
Boro (B)
Atua no metabolismo de carboidratos e transportes de açúcares através de membranas, na formação da parede celular, divisão celular, no movimento da seiva. Atua no desenvolvimento das folhas e dos brotos. Contribui para a maior força e resistência de todos os tecidos vegetais. A forma iônica absorvida pelas plantas é H3BO3.
Carência de Boro - o sintoma é muito parecido com o do cálcio, com necrose e enrugamento das nervuras.
Cloro (Cl)
Está ligado ao metabolismo da água e a transpiração das plantas, além de participar da fotossíntese. A forma iônica absorvida pelas plantas é Cl-.
Carência de Cloro - é mais comum encontrarmos excesso do que a deficiência deste micronutriente. A toxidez do cloro é caracterizada pela queima das margens das folhas localizadas externamente na planta.
Cobre (Cu)
Tem papel importante na fotossíntese, respiração, redução e fixação de nitrogênio. A forma iônica absorvida pelas plantas é Cu2+
Carência de Cobre - os sintomas ocorrem nas folhas novas, que permanecem alongadas, deformadas e com as margens cloróticas voltadas para baixo.
Ferro (Fe)
Essencial ao metabolismo energético, atua na fixação do nitrogênio e desenvolvimento do tronco e raízes. A forma iônica absorvida pelas plantas é Fe2+.
Carência de Ferro - perda da intensa coloração nas folhas, ocorrendo clorose internerval nas folhas novas. Folhas com aparência de vidro, transparentes e retorcidas (vitrificação).
Agora que já vimos um pouco da função de cada nutriente, torna-se mais fácil compreendermos alguns sintomas da deficiência de cada um deles. Temos, portanto, um breve resumo da atuação de cada nutriente nas plantas e alguns sintomas mais visíveis da deficiência dos mesmos.
*SINTOMAS DE CARÊNCIA NUTRICIONAL"


Fotografias, vídeos, fotos e textos sob Licença Creative Commons.
Para utilização é necessária autorização prévia via E-Mail.
Leovan Dielle
Responsável Técnico – AquárioTop
“SEU PEIXE COMO NA NATUREZA”
Existe na literatura mundial, dezenas de publicações que abordam o tema “FERTILIZAÇÃO LÍQUIDA” em aquários plantados, redigimos este artigo baseado em nossa experiência ao longo dos anos tendo como ponto de partida os métodos internacionalmente reconhecidos como eficazes, e com a finalidade de ajudar aos aquaristas que querem fertilizar seus aquários e encontram dificuldades, principalmente no que diz respeito ao aparecimento de algas.
OBS: As dosagens apresentadas são seguras e não oferecem risco de surto de algas, exclusivamente, se usados fertilizantes cujos nutrientes se apresentem na forma de gluconatos, e pode diferir no todo ou em parte às dosagens dos métodos originais.
A tabela abaixo poderá ajuda-lo a encontrar qual foto-período de adapta melhor as condições de seu aquário, de acordo com as espécies de plantas que você possui:
- Luz baixa: < 0,5 watts/litro 10 a 12 horas de luz por dia;
- Luz média: de 0,5 a 0,75 w/l 8 a 10 horas de luz por dia;
- Luz alta: de 0,75 a 1,0 w/l 7 a 8 horas de luz por dia;
- Luz Muito Alta > 1w/l 6 a 8 horas por dia (Nível Expert)
1) Método do Índice Estimativo (Estimative Index) – Criador Tom Barr
Vantagens:
- Método simples;
- Sem necessidade de monitoramento do nível de nutrientes com kits de teste;
Conceito básico:
Oferecemos um valor aproximado ou "Índice Estimativo" dos níveis de nutrientes durante a semana, pois o que está sendo adicionado e também o que é removido na TPA. Melhores resultados são obtidos com sistemas de luz forte (maior intensidade e foto período) em tanques bem plantados. Reduzindo-se a dose este sistema pode ser adaptado à aquários de baixa luminosidade e baixa quantidade de plantas.
Metodologia:
- Dosar o tanque com ligeiro excesso de nutrientes durante a semana desta forma evita-se que qualquer nutriente se esgote;
- No final da semana faça uma grande TPA para evitar qualquer acumulação;
- macro nutrientes - nitrogênio (N), Fósforo (P), potássio (K) e os micronutrientes ou oligoelementos que é uma mistura de elementos traço quelados (existem várias marcas no mercado dê preferencia aos que são vendidos na forma de gluconatos).
Diariamente (exceto para os sistemas de baixa luminosidade) dose os fertilizantes de acordo com as orientações abaixo com base no tamanho do tanque. No final da semana uma TPA de 50% é realizada. Em seguida, o processo é reiniciado. A mudança de 50% de água é apenas uma orientação e não têm de ser seguida, aquaristas mais experientes encontrarão a melhor percentagem de TPA, contudo fazendo-se uma TPA maior, teremos uma maior precisão dos níveis de nutrientes.
Dosagem:
Usando a programação diária abaixo adote o esquema abaixo no caso de aquários densamente plantados. Para aquários com menos plantas, ou com luz baixa, 1/3 da dose.
OBS: Macronutrientes e os micronutrientes devem ser dosados em dias separados!
- 2 ml de solução Macro para cada 50 litros de água 3 vezes por semana;
- 2 ml de solução de Traços por 50 litros de água 3 vezes por semana;
Se e somente se, você tem iluminação muito alta, ou muitas plantas de crescimento muito rápido, poderá dosar 4 ml para cada 50l.
Programação diária:
Domingo mudança de água de 50%. Adicionar Macros (N, P e K)
Segunda-feira Adicionar Traços
Terça-feira Adicionar macros (N, P e K)
Quarta-feira Adicionar Traços
Quinta-feira Adicionar macros (N, P e K)
Sexta-feira Adicionar Traços
Sábado Descanso (sem dosar nada, nem TPA)
O Método de Índice estimativo não segue cegamente parâmetros, mas fornece tudo com um ligeiro excesso de acordo com as exigências nutricional das plantas, baseado em parâmetros genéricos. Exceções podem ser feitas para plantas com necessidades específicas.
Níveis de nutrientes esperados com esta
*Metodologia:
nitrato 20-30 ppm
Fosfato de 1-3 ppm
Potássio 20-30 ppm
CO2 30ppm (cilindro de co2)
IMPORTANTE: O método do Índice estimativo é altamente dependente de um bom nível de CO2, que deve ser mantida em 30ppm estável (cilindro de co2) durante a totalidade do foto-período. Mais de 90% de todos os problemas de algas em aquário plantado são por causa dos níveis pobres ou flutuantes de CO2.
IMPORTANTE: boa circulação de água em torno do tanque todo é fundamental para obtenção do CO2 e nutrientes para as plantas – evitar fluxo de água direcionado.
2) Sistema PMDD - Poor Man's Dosing Drops - criado por Paul Sears e Kevin Colin – 1996
Vantagens:
- Originalmente não foi criado como um método para suprir necessidades das plantas no aquário, mas para restringir fosfato como um meio para controlar as algas.
OBS: fosfatos devem ser restringidos, mas não eliminados, caso contrário, as plantas começam a morrer. Originalmente, a fórmula PMDD não tinha fosfatos presumia-se que a quantidade disponível no tanque era suprida através dos dejetos dos peixes. Atualmente, acredita-se que o fosfato também é necessário na fórmula.
Precursor de métodos como: EI (índice Estimativo) e PPS-Pro (Sistema de Preservação Perpétuo)
Metodologia:
- Adicionar diariamente a solução PMDD, mantendo-se estáveis tanto quanto possível ajudando a prevenir depleção de qualquer nutriente.
Níveis dos seguintes parâmetros: N / K / P / Fe, devem ser dosados por meio de testes por algumas semanas. Este é o maior dificultador do PMDD, pois é difícil a obtenção de resultados precisos.
Dosagem
O nível de dosagem é dependente de sua densidade de plantas. As quantidades a seguir são projetadas para um tanque totalmente e densamente plantado, caso seu aquário esteja em início de montagem e não possua ainda toda a população de plantas você poderá dosar ½, 1/3, ou ¼ da dose dependendo da quantidade de plantas.
1 ml de solução de Macronutrientes para cada 60 litros
0,5 ml da solução de Micronutrientes para cada 60 litros
Níveis esperados:
NO3 1,5 ppm
PO4 0,4 ppm
K 1,6 ppm
Mg 0,2 ppm
O melhor é dosar no mesmo horário diariamente, de preferência imediatamente antes de acender as luzes. Não há diretrizes estabelecidas para fazer mudanças de água, pois os níveis de dosagem são muito pequenos, mas pode ser interessante TPA's semanais.
Devido a uma coluna de água com poucos nutrientes, e níveis mais lento de crescimento das plantas, o CO2 não precisa ser mantido tão alto quanto 30 ppm, pose-se reduzir o nível para 15 ppm, mas é imprescindível o aporte estável e constante diariamente durante todo o foto-período.
Se a água que você utiliza na reposição contém altos níveis de nitrato e fosfato você pode reduzir a dose da solução de macronutrientes. Este processo exigirá testes e tentativa e erro para obter os níveis corretos.
IMPORTANTE: O PMDD foi criado na época em que os níveis de iluminação não eram tão altos como agora, então, se você utilizar uma luz forte T5, HQI, LED você poderá ter problemas com crescimento pobre e raquitismo nas plantas. Você poderá aumentar a dosagem, ou diminuir o foto-período. Se isso não resolver o problema ou você não quiser baixar a sua iluminação, pode ser aconselhável mudar para um sistema de dosagem mais rica, tal como o EI (Índice Estimativo).
3) Método Flora:
Este método segue um regime de nutrientes separados, e sem excessos, podendo ou não utilizar CO2 (com a utilização de fontes de carbono líquido). Neste método são dosados nutrientes em quantidades adequadas, sem excessos, evitando frequentes TPAs, e evitando a acumulação de sais que as plantas não utilizam, ou utilizam em quantidade muito baixa.
Devido à utilização de nutrientes separados, facilmente o aquarista mias experiente poderá ajustar a dosagem de um ou outro nutriente, em excesso, ou em falta.
Este método exige maior conhecimento da fisiologia das plantas, suas exigências nutricionais e também conhecimentos dos sintomas característicos da falta ou excesso de cada nutriente.
Dosagem:
Carbono líquido: Dose inicial: 6,6 ml para cada 50l. Manutenção: 1,3 ml para cada 50l por dia
N: 0,8 ml cada 50l, 1 vez por semana;
P: 0,8 ml cada 50l, 1 vez por semana;
K: 2,2 ml cada 50l, 1 vez por semana;
Micronutrientes: 3,0 ml cada 50l, 1 vez por semana;
Fe: 1,3 ml a cada 50l, a cada 4 dias;
A dosagem pode ser aumentada ou diminuída de acordo com a quantidade plantas no aquário, pela quantidade de luz do aquário, ou conforme observações práticas, como sintomas de excesso ou deficiência.
4) Método PPS PRO
PPS-Pro é a atualização do Sistema de Preservação Perpétuo desenvolvido
PPS-Pro tem como objetivo o crescimento de plantas saudáveis com o mínimo esforço, apenas com dosagem de quantidades necessárias para o crescimento das plantas, sem excessos e de maneira controlada, com apenas duas soluções(macro e micro).Neste aspecto este método é semelhante ao método EI diferindo apenas na dosagem.
Método EI: tenta manter todos os parâmetros necessários ao crescimento e metabolismo das plantas no máximo (e com leve excesso para garantir).
Método PPS-Pro: dosagem mais cautelosa, fornecendo o suficiente de nutrientes para um crescimento mais lento e controlado, aliado a uma taxa de CO2 menor e foto-período proporcional a quantidade de luz, como segue:
Com esses níveis de luz, aliado a um foto-perídodo limitado a relação de watts por litro, e uma concentração um pouco menor de CO2, as plantas não estarão crescendo como mato, e sim de um modo mais controlado (elas vão acabar ficando como mato, só vão demorar mais para ficar), onde se pode esquecer de podar uma vez ou outra, sem correr o risco do aquário virar uma floresta cerrada em uma semana.
Dosagem:
1 ml para cada 40l.
Quanto as TPA’s vocêdeverá decidir a freqüência, pois não serão dosados muitos nutrientes, nem excessos, basei-se no tipo de peixes que você tem e decida o regime de TPAs.
Por exemplo:, Discos necessitam de uma água de uma melhor qualidade, além deles mesmo contribuírem com uma grande carga orgânica.
5) Método - All In One Solution
Similar ao Tropica Plant Nutrition, baseia-se na utilização de produtos que comtém todos os elementos macro e micro, em uma única embalagem cuidadosamente preservados para evitar que ocorra a precipitação do fosfato com o ferro, entre outros.
Existem no mercado inúmeras marcas que produzem fertilizante líquidos com estas características, tais como Seachem, Tetra, JBL, e a nacional MBreda.
Dosagem:
Cada fabricante especifica em sua embalagem a dosagem necessária a ser utilizada de acordo com a litragem do aquário, é importante iniciar sempre com doses menores e ir “ajustando” de acordo com nossa sensibilidade, e observação em relação ao crescimento das plantas.
PLANTAS AQUÁTICAS – PRINCIPAIS NUTRIENTES E SUAS FUNÇÕES
De nada adianta um plantado bem iluminado, com bom nível de CO2, se não tivermos uma boa fertilização - seja líquida ou mesmo no substrato - para que nossas plantas cresçam bem. Para tanto é preciso sabermos mais sobre os principais nutrientes, bem como suas funções e principais sintomas de deficiência dos mesmos:
Nitrogênio (N)
É o nutriente mais exigido em termos de quantidade pela maioria das plantas. Atua em todas as fases, crescimento, floração, repridução. As plantas absorvem o N em suas formas iônicas, NO3- e NH4+
Carência de Nitrogênio - aumento do sistema radicular, palidez da planta, amarelecimento e queda das folhas.
Fósforo (P)
O fósforo age na produção de energia, na respiração, divisão celular e em diversos outros processos metabólicos. As formas iônicas absorvida pelas plantas são o H2PO4- e HPO4
Carência de Fósforo - as folhas escurecem, as plantas podem ficar 'achatadas'.
Potássio (K)
É um dos macronutrientes mais consumidos pela planta, juntamente com o nitrogênio. Favorece a formação de raízes. Seu papel principal é o de ativador de funções enzimáticas e de manutenção da turgidez celular. A forma iônica absorvida pelas plantas é o K+
Carência de Potássio - as folhas mais velhas apresentam extremidades com manchas cloróticas, degenerando-se e tornando-se necróticas.
Cálcio (Ca)
Contribui para o fortalecimento de todos os órgãos das plantas, principalmente raízes e folhas. Também é importantíssimo na manutenção do equilíbrio entre alcalinidade e acidez do meio e da seiva das plantas. A forma iônica absorvida pelas plantas é o Ca2+.
Carência de Cálcio - lesões nas margens das folhas mais novas. Essas lesões levam a folha a morrer da extremidade para o centro.
Magnésio (Mg)
É parte integrante da molécula da clorofila, e por isso está diretamente ligado ao metabolismo energético das plantas. A forma iônica absorvida pelas plantas é o Mg2+.
Carência de Magnésio - o sintoma aparece entre as nervuras, espalhando-se das margens para o centro das folhas.
Enxofre (S)
O enxofre encontra-se em sua maior parte na composição das proteínas, associadas ao nitrogênio. Participa na formação de alguns aminoácidos essenciais ao metabolismo energético. A forma iônica absorvida pelas plantas é o SO42-.
Carência de Enxofre - as folhas permanecem mais escuras e opacas, com tonalidade amarelo-esverdeada.
Manganês (Mn)
É importante para a formação da clorofila e participa do metabolismo energético respiratório. A forma iônica absorvida pelas plantas é Mn2+.
Carência de Manganês - o sintoma da deficiência de ferro se generaliza, causando nas folhas uma coloração verde-pálida.
Boro (B)
Atua no metabolismo de carboidratos e transportes de açúcares através de membranas, na formação da parede celular, divisão celular, no movimento da seiva. Atua no desenvolvimento das folhas e dos brotos. Contribui para a maior força e resistência de todos os tecidos vegetais. A forma iônica absorvida pelas plantas é H3BO3.
Carência de Boro - o sintoma é muito parecido com o do cálcio, com necrose e enrugamento das nervuras.
Cloro (Cl)
Está ligado ao metabolismo da água e a transpiração das plantas, além de participar da fotossíntese. A forma iônica absorvida pelas plantas é Cl-.
Carência de Cloro - é mais comum encontrarmos excesso do que a deficiência deste micronutriente. A toxidez do cloro é caracterizada pela queima das margens das folhas localizadas externamente na planta.
Cobre (Cu)
Tem papel importante na fotossíntese, respiração, redução e fixação de nitrogênio. A forma iônica absorvida pelas plantas é Cu2+
Carência de Cobre - os sintomas ocorrem nas folhas novas, que permanecem alongadas, deformadas e com as margens cloróticas voltadas para baixo.
Ferro (Fe)
Essencial ao metabolismo energético, atua na fixação do nitrogênio e desenvolvimento do tronco e raízes. A forma iônica absorvida pelas plantas é Fe2+.
Carência de Ferro - perda da intensa coloração nas folhas, ocorrendo clorose internerval nas folhas novas. Folhas com aparência de vidro, transparentes e retorcidas (vitrificação).
Agora que já vimos um pouco da função de cada nutriente, torna-se mais fácil compreendermos alguns sintomas da deficiência de cada um deles. Temos, portanto, um breve resumo da atuação de cada nutriente nas plantas e alguns sintomas mais visíveis da deficiência dos mesmos.
*SINTOMAS DE CARÊNCIA NUTRICIONAL"


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